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Prefeito de Sorocaba: Polícia apreende carros, armas e quase 1 milhão em operação contra corrupção

A gestão do prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), está no centro de uma nova crise após a deflagração da operação “Copia e Cola” da Polícia Federal, realizada na quinta-feira (11). A ação investiga um suposto esquema de desvio de recursos públicos da saúde no município, envolvendo contratos com Organizações Sociais (OSs), familiares, aliados e ex-integrantes da atual administração.

Durante a operação, a PF apreendeu quase R$ 1 milhão em dinheiro vivo, carros de luxo, armas de fogo e documentos em endereços ligados a pessoas próximas ao prefeito de Sorocaba.


O que motivou a operação “Copia e Cola” da PF

A investigação mira contratos firmados com a OS Aceni, responsável pela gestão da UPA do Éden e da UPH Oeste. A entidade é suspeita de superfaturar contratos com apoio de lobistas e agentes públicos. Por ordem judicial, a Aceni teve R$ 20 milhões bloqueados e está temporariamente impedida de firmar novos contratos com o poder público.

Segundo a Polícia Federal, as fraudes envolvem pagamentos indevidos, lavagem de dinheiro e uso de laranjas para movimentar valores ilícitos por meio de contratos públicos da área da saúde.


Bens de luxo, armas e dinheiro vivo entre os itens apreendidos

A operação atingiu diretamente o entorno do prefeito de Sorocaba, incluindo sua casa, gabinete e parentes próximos. Abaixo, os principais bens apreendidos:

  • R$ 863 mil em espécie, encontrados na casa de Josivaldo Souza (autodeclarado bispo) e de Simone Frate de Souza, cunhada de Rodrigo Manga;

  • Três carros de luxo (Porsche, BMW e Toyota Hilux), apreendidos na casa de Marco Silva Mott, amigo pessoal do prefeito e investigado por lavagem de dinheiro;

    carros apreendidos pf sorocaba
    (Foto: Divulgação/Polícia Federal)
  • Seis armas longas, 11 pistolas e diversas munições.

A ação cumpriu 28 mandados de busca e apreensão em 13 cidades de São Paulo e da Bahia.


Envolvimento de ex-secretários da gestão Manga

A operação também atingiu nomes que integraram o alto escalão da Prefeitura de Sorocaba durante o governo de Manga:

  • Vinicius Rodrigues, ex-secretário da Saúde, é investigado por favorecimento de contratos;

  • Fausto Bossolo, ex-secretário da Administração, já foi condenado por envolvimento na compra superfaturada de um prédio por R$ 10 milhões, para uso da Secretaria da Educação.

Ambos são apontados como peças centrais no esquema de contratação fraudulenta, atuando de forma coordenada com lobistas e intermediários.


Prefeito de Sorocaba ironiza operação e se defende

Após a operação, o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga, publicou um vídeo nas redes sociais ironizando a ação da PF:

“Mandaram a PF na minha casa e encontraram bolo de cenoura, Nutella e o Pokémon do meu filho”, afirmou.

Ele negou qualquer relação com os bens apreendidos e alegou que a única coisa levada de seu gabinete foi a cópia da chave do seu carro. Manga também classificou a operação como “perseguição política” e “ato eleitoreiro”, embora tenha dito respeitar a atuação da Justiça e da Polícia Federal.


Outros escândalos da gestão do prefeito de Sorocaba

Além da atual operação, o prefeito de Sorocaba já esteve envolvido em outras controvérsias. Em 2024, a Justiça determinou o bloqueio de seus bens em uma ação que investigava a compra de kits de robótica superfaturados no valor de R$ 26 milhões.

Na mesma decisão, dois ex-secretários foram condenados à prisão por irregularidades na aquisição de um imóvel para a Secretaria de Educação (Seduc), comprado por valor acima do de mercado.

Manga, por sua vez, afirma que os processos estão “caindo” e que suas contas foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Estado.


Prefeito de Sorocaba na mira da Polícia Federal

A operação da Polícia Federal coloca novamente a gestão do prefeito de Sorocaba sob os holofotes. As investigações indicam um esquema complexo de corrupção envolvendo contratos da saúde, aliados políticos e movimentações financeiras suspeitas.

Embora o prefeito negue envolvimento direto e classifique a ação como perseguição política, os desdobramentos judiciais devem manter a gestão sob intensa vigilância pública e institucional nos próximos meses.

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