A segurança nas escolas é uma questão que afeta muito as famílias de forma geral. Quem tem filhos ou estudantes em casa conhece as preocupações em relação às escolas. Vão muito além de questões pedagógicas. Mais recentemente até mesmo a integridade física e da vida passou a ser mais uma das inquietações. Isso depois da onda de atentados em estabelecimentos de ensino que estremeceram o país nos últimos anos.
O estopim foi o crime ocorrido na cidade de Suzano, na Grande São Paulo, em maio 2019. Naquele ano um homem e um adolescente encapuzado invadiram uma escola pública e começaram a atirar contra estudantes e funcionários. Oito pessoas foram assassinadas, entre elas cinco alunos do ensino médio, com idades entre 15 e 17 anos.
A vulnerabilidade nesse tipo de estabelecimento ficou clara. Outros casos ocorreram em seguida. Em novembro de 2021 um ataque resultou na morte de cinco pessoas em Taquaritinga, no interior de São Paulo. Em abril de 2023, outras quatro vítimas perderam a vida em um colégio de Goiânia, em Goiás.
A falta de segurança nas escolas não é um caso isolado
Os fatos citados não eram casos isolados, mas uma infeliz tendência. Somente em 2019 ocorreram nove ataques do tipo, um recorde. O problema pedia urgentemente medidas de proteção. Não era possível esperar que casos semelhantes acontecessem para a cidade tomar providências para evitar mais perdas de vidas e traumas físicos e psicológicos para estudantes, professores e comunidade.
Vereador de Guarulhos cria lei para aumentar segurança nas escolas da cidade
Em Guarulhos, já com o surgimento dos primeiros casos, em 2019, o vereador Maurício Brinquinho se mobilizou e protocolou na Câmara o projeto Escola Segura (PL 1059/2019). Entre as medidas previstas estavam a implantação de sistema de monitoramento por câmeras nas escolas, reforço no patrulhamento com a guardas municipais, controle de acesso de todas as pessoas, instalação de portões eletrônicos e capacitação de profissionais de educação para lidar com situações de crise.
Insensibilidade – Apesar de amplo apoio da sociedade e aprovação por ampla margem pelos vereadores (26 a favor e 7 contra), o projeto foi vetado pelo prefeito Guti. Posteriormente o veto foi derrubado com uma derrota acachapante para o mandatário, 31 a zero.
Insensível às necessidades da população e à segurança nas escolas, o prefeito não desistiu. Entrou na Justiça contra a implementação do projeto, o que retardou sua implementação. Depois de uma batalha judicial, finalmente o Escola Segura tornou-se lei, em 2022. Derrota para o prefeito, mas vitória para a população de Guarulhos, estudantes, professores e profissionais das instituições de ensino.
Para mais informações sobre o projeto ou sobre outros projetos do vereador, confira os links abaixo:
- Projeto contra a taxa do lixo
- Vereador defende ônibus gratuitos na cidade de Guarulhos
- Escola segura: mais segurança e monitoramento nas escolas de Guarulhos